domingo, 21 de dezembro de 2008

ROSAS, ROSAS, ROSAS...

- "Olha que rosas lindas !" -"Parecem artificiais !" Assim brincávamos, na década de 1960 falando das enormes e belas rosas que existiam na imponente casa da Av. Getúlio Vargas. Todos os dias elas eram admiradas por nós, durante nosso percurso rumo ao Parque das Águas, durante as deliciosas férias de verão.
Casas foram derrubadas, jardins diminuídos, todavia as magníficas rosas da Getúlio Vargas continuam por lá.
Felizmente ainda podemos observar roseiras nos jardins, ao bisbilhotar por sobre muros e frestas, principalmente nos bairros.
Aqui são as pequenas rosas cor-de-rosa - presentes também nos jardins da Prefeitura - que colorem a bela casa antiga.
Outra casa, no centro da cidade, que possui em belo jardim florido de rosas em vários tons.
Na Pousada Santo Antonio, no bairro da Estação, as rosinhas coloridas enfeitam o canteiro da calçada, dando graça e beleza ao já lindo bairro antigo.
Parabéns aos proprietários que também mantém jardineiras, floridas com gerânios, sob as janelas de todos os quartos.



Minha mãe que, assim como eu, sempre amou as flores ficava triste por não conseguir ter rosas
no Rio de Janeiro.


Mas aqui em São Lourenço, na nossa simples casa de férias, também na Getúlio Vargas, pode deliciar-se com rosas de todos os tipos e cores. Nossa casa era um verdadeiro roseiral ! A perfumadíssima rosa-chá ficava logo ao lado da calçadinha. Encobrindo a varanda uma "rede" de rosinha- trepadeira quase escondia as janelas dos quartos.
Aqui estão meus pais admirando seu jardim.

Pena que a casa, que foi vendida na década de 1970, não possua mais tantas flores e árvores...

sábado, 29 de novembro de 2008

SÍTIO LAGOA SECA

O mais novo espaço turístico de São Lourenço, o Sítio Lagoa Seca, foi inaugurado hoje, e eu tive o prazer de conhecê-lo e saborear suas delícias. José Celso Garcia, sua esposa Maria Lúcia, a filha Tania com o marido Nei, e a irmã Gisele receberam com a tradicional hospitalidade mineira.

Localizado no Bairro Lagoa Seca, no final da Av. Getúlio Vargas, estando a apenas 2 km do centro da cidade, o sítio é uma opção interessantíssima de turismo rural.

O Paiol, onde é servido o Café da Roça, é um encantador recanto com todas as características rurais.

A " mesa das delícias " fez a alegria dos convidados com seus quitutes totalmente artesanais preparados pela equipe da cozinha chefiada pela Gisele. Pães, biscoitos, bolos, queijo, geléia, manteiga, leite, iogurte de leite de cabra, tudo do sítio, e o tradicional café da roça. Delícia pura !


A ambientação rural, cuidada nos mínimos detalhes dava um ar aconchegante ao Paiol.
Visão do Paiol, vendo-se o deck com bancos. Bom demais ! Nem dava vontade de voltar para casa...
A Tania é a responsável por essas belezinhas que, muito bem tratadas e instaladas, tem até nome próprio pendurado no pescoço.
Em cada cantinho um encanto especial.
Placas, flores, e as ferraduras enfeitando o chão. Detalhes...
Agora é só aproveitar o próximo final de semana e passar umas horas deliciosas como eu passei neste sábado.

domingo, 23 de novembro de 2008

TEMPOS IDOS IV - Hotel Rio-São Paulo

Antigo Rio - São Paulo Hotel, localizado na esquina das ruas Wenceslau Braz com Coronel José Justino, bem no centro de São Lourenço.
Pesquisando meus guardados encontrei este cartão postal com a imagem de São Lourenço. Pertencia ao meu tio Alberto, aquele solteirão que morava com a mãe, a minha avó Flora.
Atrás, encontro a cativante dedicatória:
"Ofereço esta imagem de S. Lourenço a D. Flora como prova de recordação de S. Lourenço durante a nossa estadia no Hotel Rio S. Paulo
de suas amigas
Rosa, Alzira e Margarida
22-4-1945"
Graças a esses cartões postais e retratos datados estou conseguindo seguir a trajetória da minha família nas suas Estações de Águas aqui em S.L.
Meus avós paternos (José e Flora) frequentavam o Hotel Silva, de um patrício português, mas com a morte do velho Silva passaram para o Hotel Rio - São Paulo, que ficava na esquina onde hoje é a portaria do Hotel Primus. Já vi uma foto desse hotel, que era pequeno e simples, mas não lembro onde foi. Eu gostaria muito de ter informações sobre todos os hotéis que já existiram por aqui. Quem souber alguma coisa...
Esse tipo de foto era muito popular nos anos 1940/1950, e aí estão meu tio Alberto e meu tio Álvaro, planando sobre São Lourenço naqueles Tempos Idos tão serenos e românticos.

sábado, 8 de novembro de 2008

MARQUISES DE VIDRO

Passei umas boas horas da noite deste sábado pesquisanto marquises de vidro e não encontrei o que queria... Quando conheci Curitiba - cidade modelo e uma das minhas preferidas - fiquei maravilhada com as lindas marquises de vidro existentes em lojas no centro da cidade. Mas na fracassada pesquisa de hoje não consegui encontrar fotos.Há alguns anos descobri essa preciosidade aqui em S. Lourenço, e creio que é a única existente (ou resistente ?)
A da foto abaixo bisbilhotei num corredor lateral de uma residência.
Na pesquisa sobre Curitiba encontrei muitas construções atuais usando o vidro, e entre outras estão a Rua 24 horas e o esplendorosíssimo Palácio de Cristal do Jardim Botânico que, infelizmente, não conheço pessoalmente, pois não existia durante minha última visita a essa cidade-jardim em 1989.

O vidro dá leveza e transparência aos ambientes, além de ser um material 100% reciclável.
As lindas marquises foram muito usadas nos anos 1800 e início de 1900, numa época em que não havia perigo em se ter telhado de vidro...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

QUINTA DO CEDRO

Localizada no bairro do São Lourenço Velho, a Quinta do Cedro, "o mais belo recanto mineiro de São Lourenço" é um local agradabilíssimo e merece ser visitado por turistas e moradores .A bela construção principal já demonstra o cuidado e bom gosto existentes na Quinta do Cedro.
O clima de fazenda é visto nos mínimos detalhes como, por exemplo, na interessante porteira rústica.
Quitutes podem ser saboreados na agradável varanda debruçada sobre a verde paisagem.
O avestruz é o símbolo da Quinta, e é uma surpresa agradável vê-lo pessoalmente.
Passear pela Quinta do Cedro é conhecer a área rural de São Lourenço, sem sair da cidade.
A vista das montanhas ao redor é magnífica, e na foto aparecem os ipês floridos ao longe.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

QUIOSQUES E CORETOS

"Quiosque é um pavilhão completamente aberto, que decora áreas e jardins./ Abrigo montado para venda de jornais, flores e outros objetos na via pública. Coreto é uma espécie de quiosque, geralmente erigido em praça pública, para apresentação de bandas e concertos musicais".Antigo quiosque da Praça Brasil, totalmente fechado, que servia como posto de informações turísticas. Tão bonitinho...
Imponente coreto localizado na Praça da Estação, compondo harmoniosamente com o prédio da Estação Ferroviária.
Quiosque coberto de cipó, em sítio particular.
Quiosque coberto de sapê, na Casa dos Meninos.
Interessante quiosque em jardim particular.
Novo quiosque da Praça Brasil, em estilo moderno.

domingo, 19 de outubro de 2008

ÂNGULOS - ou, Uma nova forma de olhar...

Caminhando pelo Parque das Águas, neste sábado com cara de domingo, na tarde fria e deserta, quedei-me a observar ângulos diferentes, num novo olhar sobre a já tão vista e admirada paisagem.A interessante grade da Fonte Magnesiana cria um bordado sobre a paisagem verde.
Quantos já perceberam seu lindo desenho ?
Pacientemente esperei o momento exato em que o Monjolo derrubava a água armazenada em seu interior, no eterno vai-e-vem ritmado.
Quem lembra que , na década de 1950, esse Monjolo não existia ali ?
Essas bolas brancas sempre chamaram a atenção de quem por elas passa.
Será que existe algum turista que não tenha tirado uma foto sentado nelas ?
Eu tirei...
A verde treliça de madeira faz moldura para o pequeno lago e o Pavilhão ao fundo.
Quem tomou um cafezinho no balcão do bar que existia no Pavilhão na década de 1950 ?

A branca Fonte Magnesiana vista de outro ângulo, com a cerca-viva fazendo baínha.
Quem entrou na fila dessa Fonte para pegar água em copo de vidro ?

Quantos ângulos diferentes, quantos olhares, novos ou antigos, proporciona esse maravilhoso Parque das Águas de São Lourenço...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

SOBRADOS - retratos de uma época

Antes do "progresso" chegar o Homem era mais prático facilitando sua forma de viver. Construia a residência na parte de cima, e seu comércio em baixo, ficando dessa forma perto de casa, junto da família, que muitas vezes trabalhava com ele na loja. Em São Lourenço ainda existem uns poucos e encantadores sobrados que podem servir de exemplo para tempos futuros...

O branco da foto já abrigou também a Prefeitura da cidade. Algumas reformas foram feitas, mas mantém a aparência original, acrescida de interessantes jardineiras nas portas da loja.

Já pensaram que maravilha ficaria S.L. se todas as lojas tivessem jardineiras floridas na calçada ?


Este pequenininho mantém as janelas bonitas, e graciosos detalhes em cor contrastante.
Saudosa Casa Diamante...
Seu imponente sobrado de esquina, em "pó-de-pedra", como se dizia nos tempos idos, ainda mantém o belo nome na fachada, e na calçada. Pena que mudaram a cor da extremidade esquerda, na foto...
Outro belo sobrado, de esquina, que conserva as janelas antigas. Na calçada ainda se lê "Armazém Lage".
Construções tão bonitas, mas que não são valorizadas pela maioria das pessoas que por elas passam sem observá-las.
Eu gostaria de saber um pouco mais sobre elas...

No Rio de Janeiro, há uns bons anos atrás, foi feito um excelente trabalho de conscientização e valorização desses sobrados existentes no centro da cidade. Foi criado um "Corredor Cultural" por essa área e visitas guiadas foram organizadas por um historiador que mostrava detalhes invisíveis para os comuns mortais apressados.
Os lojistas fora convencidos a retirarem os enormes e modernos cartazes de suas lojas, deixando à mostra a beleza das construções. Um bom programa de domingo era passear por essas ruas admirando o trabalho minucioso e delicado de uma época tão romântica.

sábado, 4 de outubro de 2008

AMARELO - a cor do ano?

Estou observando que as plantas de flores amarelas, neste ano, estão esplendorosas ! No final do inverno o Ipê amarelo coloriu a cidade. Agora, outras flores estão em destaque.A alamanda- de- cerca (Allamanda polyantha), plantada ao redor da Prefeitura, resolveu mostrar sua cor dourada com muita disposição.
Mas a Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides) está impressionante !
Eu nunca havia percebido que elas estão plantadas, em grande quantidade, pela cidade inteira.
No ano da cor amarela, elas desperdiçam beleza por São Lourenço.
Árvore de grande porte, podendo alcançar até 18 metros de altura, a Sibipiruna é originária do Brasil, especificamente da Mata Atlântica, e é muito usada no paisagismo urbano por sua beleza e rápido desenvolvimento.

MAS...
Existem pessoas que não gostam da Sibipiruna ! Alegam que suas miúdas folhinhas sujam os carros, que seus galhos atrapalham os fios, etc, etc.
Mas esquecem que elas dão uma sombra maravilhosa nos dias de sol forte, refrescam o ar com seu verde e embelezam com sua florada !

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O RIO VERDE E SUA LENDA

O Rio verde nasce na Serra da Mantiqueira, em Itanhandu, e vem com suas águas banhando e embelezando as cidades que foram surgindo às suas margens. São Lourenço é uma dessas cidades.


Gosto muito de uma linda canção intitulada Eu e o Rio, de autoria de Luíz Antonio, e que foi sucesso na voz de Miltinho:

"Rio caminho que anda e vai resmungando, talvez, uma dor. Ah, quanta pedra levaste, quanta pedra deixaste, sem vida e amor. Vens, lá do alto da serra, o ventre da terra rasgando sem dó.
Eu também, venho do amor, com o peito rasgado de dor e tão só. Não viste a flor se curvar, teu corpo beijar e ficar lá prá traz. Tens a mania doente, de andar só prá frente, não voltas jamais.
Rio, caminho que anda, o mar te espera, não corras assim. Eu sou o mar que espera alguém que não corre prá mim."

Todo rio tem sua lenda, toda a montanha tem sua história. Segue abaixo, a do Rio Verde.


LENDA DO RIO VERDE:
Recontada e ilustrada por Selma Bajgielman
"Era uma vez um garimpeiro que, garimpeiro que era, queria ficar rico achando ouro, diamantes e pedras preciosas. Em suas andanças, chegou às margens de um rio. Olhou o rio tão lindo ! De águas claras e calmas e pensou: - aqui vou realizar meus sonhos !
Construiu então, uma pequena choupana coberta de sapé. Durante o dia, ele garimpava e à noite, já cansado, sonhava que era muito rico e poderoso ! Os dias foram passando e nada... Nem o ouro pintava na batéia... nem no cascalho aflorava o brilho de um diamante.



Desanimado, ele seguiu o curso do Rio à procura de algum outro lugar onde a Natureza pudesse ter escondido seus tesouros. Foi então que, enquanto caminhava entre a mata, o garimpeiro ouviu vozes e risinhos. Como ele já estava sozinho há muitos dias, se apressou em achar de onde vinham aqueles sons, tão agradáveis para seus ouvidos. Logo avistou duas caboclas que tomavam banho e brincavam no rio. Ele se aproximou, lentamente, para não assustá-las e se apresentou às duas perguntando por algum local onde pudesse ter pouso.As caboclas, então, o levaram à Casa Grande, onde o garimpeiro foi recebido pelo Fazendeiro. Uma das caboclas, muito bela e de olhos sonhadores, conquistou o coração do garimpeiro. Ele, então, passava o dia tentando encontrá-la: ora na fonte em que lavava roupa, ora na lavoura colhendo espigas de milho já maduras. Quando ele demorava a aparecer, a cabocla retardava seu serviço esperando até vê-lo surgir no atalho. Ele então, resolveu erguer seu rancho, ali por perto e a cabocla acostumou-se a ir vê-lo mineirar. Ela batia palmas e pulava de alegria, quando o brilho de um diamantezinho iluminava o cascalho. O garimpeiro não mais pensava em voltar. Era ali, ao lado da cabocla de grandes olhos sonhadores, que estava a felicidade !

Um dia, os diamantes tão esperados surgiram e em pouco tempo o garimpeiro tinha as mãos transbordando de pedras brilhantes. Madrugava ele no garimpo e só tinha olhos para as pedras. A cabocla ainda vinha, todos os dias, vê-lo trabalhar, mas ele mal a olhava, só pensava em voltar para a cidade e aproveitar toda aquela riqueza. Não percebeu a nuvem de tristeza que cobria o olhar da cabocla. Então , um dia, o garimpeiro desapareceu.
A cabocla vagava chorosa, pela margem do rio, se estirava na grama e com os cabelos emaranhados, misturava seus soluços ao marulhar das águas. O céu teve pena da cabocla e mudou a cor das águas do rio. Nunca mais os passantes viram através delas, como através de um cristal, o rico cascalho no fundo do rio.

As águas ficaram verdes e esconderam para sempre as riquezas que guardavam. E o rio foi chamado de RIO VERDE"

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

PRAÇA DA FEDERAL

A Praça da Federal é a primeira para quem chega à São Lourenço, vindo do Rio ou de São Paulo. Bastante arborizada é um refúgio verde em meio ao trânsito constante de uma pequena-grande cidade.Seus vários níveis dão movimento e graça ao conjunto.
Revirando meus guardados encontrei esta antiga fotografia (1956), onde meu já famoso tio Alberto posa ao lado de amigas, junto a este belíssimo leão alado. Moradores mais antigos garantiram-me que este leão estava na Praça da Federal.
E lá fui eu, máquina fotográfica em punho, procurá-lo. Mas, oh decepção, o leão não tinha asas ! Fiquei pensando se seria o mesmo, ao qual as asas foram arrancadas...
Mistério a ser investigado. Quem souber alguma coisa, favor informar-me.
Para não ficar totalmente triste, encontrei belas azaléas, de tonalidade alaranjada, colorindo a Praça da Federal.